Julio Iglesias em Lisboa: 50 anos de música e histórias | |||||
30 de Junio de 2019 |
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Por: Ana Castro, SAPO Mag | |||||
Julio Iglesias é provavelmente o cantor espanhol mais afamado de toda a Espanha, com uma carreira de sucessos que celebra agora 50 anos. Portugal, como não poderia deixar de ser, recebeu a digressão de celebração este sábado, na Altice Arena. O recinto estava cheio para receber o espanhol, que não tardou a apresentar-se em palco num cenário clássico com a sua banda e as bailarinas do coro a acompanhar. A pose, essa, era de alguém que já domina o palco, emanando toda a sua confiança desde a primeira nota com "Amor, Amor". Seguiram-se clássicos como "La Gota Fría" ou "Échame a Mí la Culpa", onde o público presente, dividido entre portugueses e espanhóis, nunca falhou em acompanhar. "Os primos que são irmãos", segundo as palavras de Julio. "Eu consigo falar português e espanhol, por isso vou falar as duas línguas! Eu sinto no meu coração que eu sou um bocadinho de Portugal. Já passaram 50 anos desde que atuei pela primeira vez em Portugal. O tempo passa depressa, mas são vocês quem me dá a força para que o tempo passe mais devagar" foram as palavras de carinho do espanhol antes de nos brindar com "Ella". E, num concerto onde está em causa a celebração dos 50 anos de carreira do cantor, Julio não deixou de referir alguns dos seus momentos bons e menos bons da sua vida profissional, tendo feito menção à imprensa, que tantos boatos espalhou sobre si, e agradecendo ao público que sempre o apoiou e lhe deu a "oportunidade de envelhecermos juntos" "Caruso" e "Abrázame" foram algumas das favoritas da noite, mantendo o público de pé nos seus lugares num coro límpido. Como se o seu repertório pessoal não fosse o suficiente, o cantor espanhol ainda abriu espaço para algumas covers como "Always on My Mind" ou "Can't Help Falling In Love", de Elvis Presley, um dos "pais da música#, pelas palavras de Julio. Embora já tenha 75 anos, a boa disposição do cantor nunca denunciaria isso. Durante os diversos momentos em que se dirigiu ao público, o cantor aproveitava sempre para arrancar mais umas gargalhadas, nem que para isso tivesse de usar a sua idade como referência. Ser abordado por jovens que na verdade querem autógrafos para a avó, estar bem mas só da cintura para cima, ou o facto de requisitar uma ambulância a cada sinal de doença foram algumas das constatações do espanhol que deixaram o público entregue às gargalhadas. A ligação a Portugal também esteve sempre presente no seu discurso, mesmo na apresentação de "Nathalie": "O meu pai nasceu muito, muito perto de Portugal. A 50 km de vocês. Vivi perto de Valença. Ouvi tantas canções em português na minha vida. Esta música tem muitas memórias com o meu pai, porque eu adorava-o". Foi também com "La Carretera" que o cantor espanhol nos remeteu aos seus 20 anos e ao trauma que o fez ficar paralisado durante ano e meio, fazendo com que a futura promessa do futebol (Julio Iglesias jogava nos Juvenis do Real Madrid) acabasse por se dedicar a poesia e depois à música. Contudo, "Me Va Me Va" foi, claramente, a favorita da noite. Logo aos primeiros acordes, o público entrou em loucura e grande parte da plateia abandonou os seus lugares, correndo para junto do palco para estar ainda mais próximo do cantor, de onde nunca mais sairiam até ao fim do espetáculo. Na verdade, a reação do público foi tão efusiva que o cantor optou por se despedir exatamente no mesmo tom, repetindo a mesma música no seu adeus a Portugal (ou talvez um mero até já). Um concerto cheio de muita música e histórias para partilhar, fomentando o carinho e a dedicação desta relação de cantor e público, que já conta com 50 anos para Julio Iglesias. |
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María del Mar Barrientos | |||||
México El Heraldo de México | |||||
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